sexta-feira, 25 de maio de 2012

Nossas escolhas, nossas questões...nossas respostas.


Nossas escolhas, nossas questões...nossas respostas.

“O homem inteligente aprende com seus próprios sofrimentos; O homem sábio aprende com os sofrimentos alheios”. – Platão

Fazemos escolhas diariamente.  Na realidade, escolhas fazem parte da lista das 3 constantes ( mudanças, princípios e escolhas ) que permeiam nossas vidas.   Escolher nem sempre é fácil, pois em alguns momentos nos obriga a deixar de lado o conhecido, o confortável, o certo, trocando-os pelo desconhecido, pelo desconfortável e pelo incerto.

A ciência nos ensina que a partir de aproximadamente 8 anos, começamos a compreender e  a diferenciar com clareza , o certo e o errado.  Chamam esse momento de consciência.   Ter este entendimento e assumir a responsabilidade por nossas escolhas, pode nos ajudar a fazer opções conscientes, de maneira mais acertada.

Recentemente li um texto de do escritor argentino Jorge Luis Borges, que trata deste tema e que gostaria de compartilhar:

Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela falta de gente à sua volta.

Você pode ouvir o seu coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.

Você pode deixá-la como está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.

Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos ou partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.

Você pode amaldiçoar sua sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a Vida lhe oferece.

   Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas, caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.

Você pode viver o presente que a Vida lhe dá, ou ficar preso a um passado que já acabou, e portanto não há mais nada a fazer, ou a um futuro que ainda não veio, e que portanto não lhe permite fazer nada.

Você pode aprender o que ainda não sabe, ou fingir que já sabe tudo e não precisa aprender nada mais.

Você pode ser feliz com a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.

A escolha é sua ... E o importante, é que você sempre tem escolha. Pondere bastante ao se decidir, pois é você quem vai carregar sozinho e sempre, o peso das escolhas que fizer .

Sócrates se autodenominava como “parteiro de ideias”, costumava caminhar por Atenas, fazendo perguntas sobre politica, moral e instigava seus ouvintes a responde-las.  Ao ouvir as respostas, continuava a questionar com o fim de aprimorar ainda mais as respostas compartilhadas ou simplesmente descarta-las.

Ao longo de nossa vida iremos questionar algumas de nossas escolhas. Proponho abaixo, que você aplique o método socrático em sua vida.  Ao buscar responder essas questões, lembre-se da admoestação de Shakespeare: “Acima de tudo, sê verdadeiro contigo mesmo”.

Quantas vezes na vida fiz escolhas erradas, e me arrependi?
Por que... ?
Quantas escolhas foram feitas, e mudaram meu futuro para melhor?  Por que... ? Quais são as minhas escolhas hoje? Por que...?
Estou consciente das implicações de cada escolha?  Sim ou não? Por que...?
Sinto-me pronto para arcar com as consequências de minhas escolhas? Por que...? 

Boa reflexão!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Delegar ou Delargar, eis a questão.



Delegar ou Delargar, eis a questão.

Dizia Theodore Roosevelt: “O melhor executivo é aquele que tem bom senso para escolher homens capazes de realizar o que deseja, e contenção suficiente para não interferir no trabalho que está sendo realizado.

Alguns erros comuns são cometidos por gestores quando o assunto é delegação.   O primeiro deles é “delargar” uma tarefa; virar as costas e acreditar que tudo acontecerá como o esperado.  Porque isso não acontece? Muitas podem ser as causas, vamos analisar duas.
Escreveu Sheakspear: “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar”.
Causa um,  quem recebeu a tarefa não compreendeu claramente o que é esperado, mas por medo de ser taxado de “idiota”, sai fazendo sem avaliar os recursos, expectativas e os possíveis resultados.  Acredita que fazendo logo, cumprirá o esperado em um prazo menor e  estará mostrando também prontidão e eficiência.   Não esclarecer dúvidas pode ser um problema.

Também escreveu Sheakspear: “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”.

Causa dois, quem designou queria se livrar de um incomodo, assim sendo, transferiu rapidamente uma tarefa (chata, burocrática ou difícil) `a um terceiro, acreditando que isso seria o suficiente para solucionar e livrar-se de um problema.  Fugir de um problema, não é solução.

O segundo erro do líder é acreditar que todas as pessoas do mundo entendem da mesma maneira que ele, portanto, se o liderado aceitou a designação é porque entendeu o que foi dito.

Você consegue ouvir o que não está sendo dito?  - Anônimo.

Causa um, a comunicação entre líder e liderado tem ruídos.  Um pensa que fala com clareza,  enquanto o outro finge que entende perfeitamente.  O líder deve lembrar-se que a comunicação é via de duas mãos, portanto, deve certificar-se de que foi ouvido e compreendido.

Assim como o contágio com doença traz doença, o contágio com confiança pode trazer confiança. – Marianne Moore.

Causa dois, pratica micro-gestão; o líder dá responsabilidades e fica questionando o método, criando assim dependência.  Lembre-se que não há apenas uma maneira de se executar uma tarefa, confie na capacidade de execução de seus liderados.

Nos dois motivos apresentados possivelmente os resultados serão idênticos, o fracasso e o erro serão consequências naturais.

A delegação eficaz, deve ser gerenciada.  Seguem alguns passos:

1.     Esclareça ao outro o que é esperado.
2.     Certifique-se do entendimento de seu ouvinte.
3.     Coloque-se `a disposição para ajudar, caso seja necessário.
4.     Disponibilize os meios para a execução.
5.     Acompanhe periodicamente (quando necessário e possível) o desenvolvimento da tarefa.

Qual foi a última vez que você delegou uma tarefa `a terceiros?  Qual foi o resultado?  O que impactou positivamente e negativamente? Você delega com eficácia?

Boa reflexão!