Doenças da Pressa
Atualmente, algumas modernidades já estão incorporadas ao
cotidiano. O computador, o celular, o Ipad, entre outros. Alguns conceitos
modernos, também já estão incorporados, trabalhar bastante, correr muito, não
ter tempo para nada, entre outros. Minha bisavó costumava dizer: “Tudo que dá para
rir, também dá para chorar”, o ensinamento aqui é: Nem tudo é absolutamente bom
ou absolutamente mal.
Todas as escolhas e ferramentas à nossa disposição para
viver nos dias de hoje com maior produtividade, carregam consigo um peso, que
vou chamar de “consequência”.
As consequências boas, levam a ganhar tempo, encurtar
distâncias, aproximar pessoas, difundir ideias , criar movimentos, compartilhar
tendências etc. As consequências ruins podem afetar nossa saúde física
(sustentabilidade), mental (segurança), espiritual (sentido) e sócio-emocional
(autoexpressão). Parece que a tecnologia criou um estado de despersonificação.
Larry Dossey em seu livro Space Time and Medicine cita em seu livro o
aparecimento do que foi chamado de hurry sickness ( doença da pressa), irritabilidade,
hostilidade, raiva. Esta doença é desencadeada pela crença equivocada de
que “podemos fazer tudo”, simplesmente se acelerarmos tudo o suficiente. Essa
percepção leva a algumas doenças crônicas cujo gatilho muitas vezes é disparado
pelo alto nível de estresse. Entre aquelas que poderia citar estão: tensão
nervosa, arritmias, pressão alta, úlceras, gastrite, doenças
dermatológicas etc. Quero convidá-lo a fazer uma auto-avaliação através
do exercício abaixo:
Você deverá fazer um “X” na afirmação que concordar.
1.
Muitas vezes dirijo pelo menos a dez quilômetros
acima do permitido ( )
2.
Interrompo os outros e/ou concluo suas frases
( )
3.
Em reuniões, fico impaciente quando alguém se
afasta do assunto ( )
4.
Tenho dificuldades de respeitar pessoas que
quase sempre se atrasam ( )
5.
Apresso-me para ser sempre um dos primeiros da fila
mesmo quando isso é desnecessário (por exemplo, para desembarcar do avião, para
pegar as malas etc . ( )
6.
Quando estou numa loja ou em um restaurante,
fico impaciente e me queixo, ou até vou embora se o atendimento demorar mais do
que alguns minutos; para mim, tempo é dinheiro ( )
7.
Geralmente considero aqueles que falam, agem ou
decidem devagar com sendo menos capazes; admiro as pessoas que conseguem acompanhar
meu ritmo acelerado! Orgulho-me de minha rapidez, eficácia e pontualidade
( )
8.
Considero o “não fazer nada” um tremendo
desperdício de tempo ( )
9.
Orgulho-me de ter tudo pronto dentro dos prazos
e deixaria de melhorar um produto se isso significasse um atraso ( )
10. Geralmente
incito meus filhos e meu parceiro (a) a se apressarem ( )
Avalie da seguinte maneira: 0 a 3 pontos: Parabéns! Você está na
tranquilidade. De 4 a 6 pontos: Você
vive em uma zona de perigo: empenhe-se em adotar um equilíbrio maior entre
situações estressantes e procuro descansar e
descontrair-se. De 7 acima: Você está com a doença da pressa em nível
preocupante! Reduza já seu numero de rotações antes que seja tarde demais.
Se você se encontra em um alto nível de
estresse e está se perguntando o que poderia ser feito, aqui vão algumas
sugestões:
1.
No seu planejamento diário e semanal inclua
algumas “janelas” em que possa viver desfrutar do ócio.
2.
À noite e nos finais de semana, viva pelo Kairos
e não pelo Chronos.
3.
Dê a si uma auto-recompensa por ter conseguido
algum sucesso em equilibrar suas atividades.
4.
Deixe de lado temporariamente o conceito “ Time
is Money”.
5.
Procure por períodos de relaxamento e silêncio.
6.
Procure momentos de prosperidade, tais como:
bater um bom papo, ficar com a família, ler um livro, meditar etc.
Como ao longo do dia, alternamos entre o gasto de energia e
sua renovação, para cumprir nossas obrigações, devemos nos lembrar de aplicar
um palavra mágica ao dia a dia, “equilíbrio”.
Você se sente esgotado ao final do dia de trabalho? Você
anda desanimado ao pensar em suas responsabilidades? Você vê o futuro com
pessimismo? Você se coloca em posição de vítima invariavelmente? O que você vai
fazer à respeito?
Boa reflexão!
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