domingo, 4 de março de 2012

Doenças da Pressa


Doenças da Pressa

Atualmente, algumas modernidades já estão incorporadas ao cotidiano. O computador, o celular, o Ipad, entre outros. Alguns conceitos modernos, também já estão incorporados, trabalhar bastante, correr muito, não ter tempo para nada, entre outros. Minha bisavó costumava dizer: “Tudo que dá para rir, também dá para chorar”, o ensinamento aqui é: Nem tudo é absolutamente bom ou absolutamente mal.

Todas as escolhas e ferramentas à nossa disposição para viver nos dias de hoje com maior produtividade, carregam consigo um peso, que vou chamar de “consequência”.

As consequências boas, levam a ganhar tempo, encurtar distâncias, aproximar pessoas, difundir ideias , criar movimentos, compartilhar tendências etc. As consequências ruins podem afetar nossa saúde física (sustentabilidade), mental (segurança), espiritual (sentido) e sócio-emocional (autoexpressão). Parece que a tecnologia criou um estado de despersonificação. Larry Dossey em seu livro Space Time and Medicine cita em seu livro o aparecimento do que foi chamado de hurry sickness ( doença da pressa), irritabilidade, hostilidade, raiva. Esta doença é desencadeada pela crença equivocada de que “podemos fazer tudo”, simplesmente se acelerarmos tudo o suficiente. Essa percepção leva a algumas doenças crônicas cujo gatilho muitas vezes é disparado pelo alto nível de estresse. Entre aquelas que poderia citar estão: tensão nervosa, arritmias, pressão alta, úlceras, gastrite, doenças dermatológicas etc. Quero convidá-lo a fazer uma auto-avaliação através do exercício abaixo:

Você deverá fazer um “X” na afirmação que concordar.

1.     Muitas vezes dirijo pelo menos a dez quilômetros acima do permitido (  )
2.     Interrompo os outros e/ou concluo suas frases (  )
3.     Em reuniões, fico impaciente quando alguém se afasta do assunto (  )
4.     Tenho dificuldades de respeitar pessoas que quase sempre se atrasam (  )
5.     Apresso-me para ser sempre um dos primeiros da fila mesmo quando isso é desnecessário (por exemplo, para desembarcar do avião, para pegar as malas etc . (  )
6.     Quando estou numa loja ou em um restaurante, fico impaciente e me queixo, ou até vou embora se o atendimento demorar mais do que alguns minutos; para mim, tempo é dinheiro (  )
7.     Geralmente considero aqueles que falam, agem ou decidem devagar com sendo menos capazes; admiro as pessoas que conseguem acompanhar meu ritmo acelerado! Orgulho-me de minha rapidez, eficácia e pontualidade (  )
8.     Considero o “não fazer nada” um tremendo desperdício de tempo (  )
9.     Orgulho-me de ter tudo pronto dentro dos prazos e deixaria de melhorar um produto se isso significasse um atraso (  )
10. Geralmente incito meus filhos e meu parceiro (a) a se apressarem (  )

Avalie da seguinte maneira:  0 a 3 pontos: Parabéns! Você está na tranquilidade.  De 4 a 6 pontos: Você vive em uma zona de perigo: empenhe-se em adotar um equilíbrio maior entre situações estressantes e procuro descansar e  descontrair-se.  De 7 acima:  Você está com a doença da pressa em nível preocupante! Reduza já seu numero de rotações antes que seja tarde demais.

Se você se encontra em um alto nível de estresse e está se perguntando o que poderia ser feito, aqui vão algumas sugestões:

1.     No seu planejamento diário e semanal inclua algumas “janelas” em que possa viver desfrutar do ócio.
2.     À noite e nos finais de semana, viva pelo Kairos e não pelo Chronos.
3.     Dê a si uma auto-recompensa por ter conseguido algum sucesso em equilibrar suas atividades.
4.     Deixe de lado temporariamente o conceito “ Time is Money”.
5.     Procure por períodos de relaxamento e silêncio.
6.     Procure momentos de prosperidade, tais como: bater um bom papo, ficar com a família, ler um livro, meditar etc.

Como ao longo do dia, alternamos entre o gasto de energia e sua renovação, para cumprir nossas obrigações, devemos nos lembrar de aplicar um palavra mágica ao dia a dia, “equilíbrio”. 

Você se sente esgotado ao final do dia de trabalho? Você anda desanimado ao pensar em suas responsabilidades? Você vê o futuro com pessimismo? Você se coloca em posição de vítima invariavelmente? O que você vai fazer à respeito?

Boa reflexão!

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