quarta-feira, 7 de março de 2012

Por que mudar?


Por que mudar?

Tenho ministrado nos últimos meses uma palestra cujo tema é “Gestão de Mudança”. Ao preparar-me para compartilhar alguns conceitos relativos ao tema; identifiquei alguns pontos interessantes, entre eles, que as pessoas são reativas ao processo de mudar. Preferimos  nos manter em uma zona de conforto, fazer sempre a mesma coisa, do mesmo jeito que sempre fizemos, a tentar fazer diferente.

Fiz uma análise mais aprofundada e, verifiquei que a mudança é parte inerente de nossas vidas e uma etapa muito importante do desenvolvimento. Vivemos este processo desde o nosso nascimento, mudamos física, mental e emocionalmente. Fiquei refletindo: - Se a mudança faz parte de nossa jornada, por que tanta rejeição neste processo tão importante?

Algumas respostas possíveis poderiam ser: 

- Muitas pessoas ao longo do tempo conformam-se com sua situação, adaptam-se à ela e passam até mesmo a gostar.
- Quando eu era garoto e trabalhava em uma das lojas de minha família; conheci um homem de aproximadamente 40 anos, que vivia de favores. O dia inteiro ele transitava entre as lojas do comércio próximo, batendo papo com um e outro.   Era uma pessoa de boa índole; sempre alegre, de roupas limpas, até mesmo corado, mas que tinha “alergia ao trabalho”. Certa vez eu o indaguei sobre sua situação, a resposta foi: - “Pra que mudar, se assim está bom! Se eu trabalhar eu vévo (vivo), se eu num trabalhar vévo (vivo) também, por isso eu num (não) trabalho!”

Um outro motivo para se evitar a mudança, é a procrastinação. Alguns indivíduos, deixam sempre para amanhã o que poderia ser feito hoje. Deixam para depois, por razões das mais variadas; por preguiça, por medo de não conseguir executar determinada tarefa, pelo excesso de burocracia, por não saber fazer, por não se sentir capaz, por ter orgulho e não querer demonstrar fraqueza. 

Outro motivo ainda  é acreditar que sua maneira de viver e ver as coisas ao redor (o seu paradigma) é o mais correto, deixando que sua crença o limite. Neste comportamento a reatividade se faz presente. O comportamento dessas pessoas me lembram um desenho animado que assistia quando era criança; chamava-se Lippy e Hardy, um leão que se metia em encrencas e uma hiena que vivia repetindo um mantra: “Ó vida, Ó azar”. Conheci pessoas que personificavam esta hiena, para elas nada daria certo; portanto tentar mudar seria um desperdício de tempo e energia.

A mudança pode vir de várias fontes:

- Na empresa, pode vir do alto escalão, dos funcionários, de fatores externos ao negócio etc. A maioria das mudanças em uma organização vem de dentro dela e no geral são mudanças corriqueiras. Outras vezes, são mudanças vindas do ambiente externo, tem a característica de serem rápidas e incessantes. Neste caso costumam ser traumáticas, quando o gestor protela sua decisão. Um gestor eficaz, deve desenvolver habilidades para reagir com rapidez a qualquer tipo de mudança que venha afetar o seu negócio.

Poderia comparar a mudança a uma faca de dois gumes, pois o que aparentemente pode ser uma ameaça, vista de outra forma pode ser uma oportunidade para que se possa reavaliar o meio e os processos, encontrando assim formas e maneiras de se fazer melhor o que já se fazia bem.

Pondere: - Qual foi a última vez que você colaborou para um programa de mudança na sua organização? - Você da atenção para as ideias de seus subordinados? - Quando as mudanças ocorrem, qual é a sua reação?

Temos 03 opções face a mudança: Resistir, Seguir ou Liderar. - Qual a sua escolha?

Boa reflexão!

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